ITBI e cartório: os custos ‘escondidos’ que pegam muita gente

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Ao buscar o sonho da casa própria, muitos brasileiros se deparam com custos que vão além do valor do imóvel. Despesas como impostos e taxas de cartório podem surpreender Saiba mais, especialmente para famílias de baixa renda. Entender esses custos é essencial para quem deseja financiar um imóvel com segurança e evitar surpresas no orçamento.

No universo do crédito imobiliário, o financiamento é apenas parte do caminho – há uma série de outros encargos envolvidos. Mesmo quem utiliza o FGTS ou participa de programas como o Minha Casa Minha Vida precisa se planejar para os valores cobrados fora do financiamento. Muitas dessas despesas são cobradas à vista e não podem ser parceladas junto ao valor do imóvel.

Impostos como o ITBI e taxas cartoriais são tidos como “custos escondidos”, pois frequentemente não aparecem nas simulações iniciais dos bancos. Saber exatamente o que esperar pode fazer toda a diferença na decisão de compra. Por isso, é importante detalhar cada um desses valores.

O que é o ITBI e por que ele é obrigatório?

O ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) é um tributo municipal cobrado sempre que há transferência de propriedade de um imóvel. Ele é obrigatório e deve ser pago pelo comprador antes da escritura ser registrada. O valor do ITBI costuma variar de 2% a 3% do preço do imóvel, dependendo da cidade.

Esse imposto nunca está incluído no saldo do financiamento, ou seja, quem compra o imóvel precisa garantir esse valor à parte. Em transações de imóveis populares ou de baixa renda, algumas cidades oferecem desconto ou isenção parcial do ITBI, especialmente quando o financiamento é feito pelo Minha Casa Minha Vida.

Custos cartoriais: registrando o sonho

Após o pagamento do ITBI, é hora de arcar com as despesas de cartório para lavrar a escritura e registrar o imóvel. Essas taxas variam de acordo com o valor do imóvel e o estado onde ele se localiza. Os emolumentos cartoriais englobam o custo da escritura e do registro da propriedade.

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Em geral, estas taxas não são baixas e, para quem compromete renda em financiamentos longos, podem pesar muito. Além disso, é importante lembrar que o registro em cartório é o que garante a posse legal do imóvel – sem esse passo, o comprador não se torna proprietário de fato.

Impacto dos custos para famílias de baixa renda

Para famílias de baixa renda, cada centavo faz diferença na hora de comprar um imóvel. Custos como ITBI e taxas de cartório podem representar uma parcela significativa do orçamento reservado para a entrada ou para mobiliar a nova casa. Mesmo para imóveis financiados pela Caixa ou programas habitacionais, esses valores costumam ser cobrados à parte.

Algumas linhas de crédito, como as do FGTS, permitem a utilização do saldo para pagamento desses custos. No entanto, essa opção precisa ser verificada com o agente financeiro, pois há regras específicas para uso do FGTS nessas despesas.

Dicas para evitar surpresas com os custos ‘escondidos’

Antes de assinar qualquer contrato, é fundamental fazer um levantamento detalhado de todos os custos envolvidos na compra do imóvel. Isso inclui taxas, impostos, certidões e despesas bancárias, além do valor da entrada e das parcelas do financiamento. Planeje-se para ter uma reserva financeira destinada exclusivamente a essas despesas avulsas.

Procure informações atualizadas junto ao cartório local e à prefeitura sobre descontos ou isenções para imóveis de baixo valor. Bancos e correspondentes imobiliários também podem fornecer simulações detalhadas – peça uma lista detalhada de todos os encargos incidentes.

  • Solicite ao banco uma estimativa dos custos totais, incluindo impostos e taxas.
  • Verifique políticas de desconto ou isenção de ITBI e custos cartoriais para o seu perfil.
  • Consulte o cartório para saber o valor exato dos emolumentos.
  • Veja se é possível usar o FGTS para pagar parte desses encargos.
  • Calcule uma reserva financeira para imprevistos além do previsto.

Comparando programas habitacionais e linhas de crédito

Cada programa habitacional pode ter regras diferentes sobre os custos extras. No Minha Casa Minha Vida, por exemplo, há possibilidade de subsídio não só no valor do imóvel, mas também em parte dos custos de cartório. Já nas linhas de crédito convencionais, o comprador normalmente arca com todas as taxas integrais.

Ao simular o financiamento, pergunte detalhadamente como cada despesa é cobrada e se há algum benefício para quem se enquadra em programas sociais. Essa comparação pode resultar em economia significativa e ajudar a escolher a melhor alternativa para o seu perfil.

FGTS: aliado ou restrição?

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ser utilizado para compor a entrada do imóvel, amortizar saldo devedor ou até mesmo para pagar parte dos impostos e taxas, dependendo da modalidade do crédito. Entretanto, há requisitos como tempo mínimo de trabalho e limite de valor do imóvel.

Verifique com antecedência se você pode utilizar o FGTS para esses fins e qual a documentação necessária. Assim, você evita contratempos e consegue planejar melhor o pagamento dos custos extras.

Considerações finais: planejamento é o segredo

O sonho da casa própria exige planejamento detalhado, principalmente quanto aos custos “escondidos” de ITBI e cartório. Antecipar-se a essas despesas é fundamental para evitar dívidas inesperadas e garantir uma transação tranquila.

A dica principal é nunca considerar apenas o valor do imóvel na negociação, mas sim toda a soma de encargos, taxas e impostos. Dessa forma Saiba mais, o comprador evita surpresas desagradáveis e aumenta as chances de realizar o sonho do imóvel próprio de maneira segura e sustentável.

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